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Tudo o que você precisar saber sobre viagens de avião com cachorro(s)
- estilopetss
- 9 de jan. de 2016
- 7 min de leitura
Olá! Todo mundo tira férias e quando isso acontece, viajar é sempre uma das opções mais cogitadas para curtir esse período. E como nossos cachorros fazem parte da família, não dá para deixá-los de fora na hora da curtição! Por isso, resolvi criar um post para ajudar você a levar seu amigão de férias na maior tranquilidade!
Então, vamos começar! Lembrando que as regrinhas que vou passar aqui, variam conforme a empresa de aviação que você escolher para viajar. Há empresas mais tolerantes, outras menos e algumas que nem sequer permitem animais a bordo. Então, quando for comprar a sua passagem, verifique se a companhia em que pretende viajar leva animais e se levar, pergunte quais são os requisitos que ela exige, porque eles variam de empresa para empresa, ok?
- A primeira coisa que você precisa saber é que sim, o seu animalzinho também paga passagem, não importa o tamanho ou peso dele, nem a companhia aérea que você escolher. Normalmente é calculado com base no peso do animal mais caixa de transporte e no preço cheio da passagem.
- O "lugar" do seu pet no voo tem que ser reservado com antecedência. Porque existe um limite de animais a bordo na aeronave (dois animais por voo, se não me engano) sendo que cães e gatos não são embarcados próximos no mesmo voo (dentro da cabine), dadas suas incompatibilidades naturais. Para o transporte no porão, animais de espécies diferentes não poderão embarcar no mesmo voo. Por isso, não dá para chegar lá, querendo comprar a passagem dele na hora e embarcar que não funciona assim! Até porque eles precisam fazer toda uma preparação quando vão transportar "carga viva" que não fazem normalmente. Daí a necessidade de agendamento.
Não é permitido o transporte de filhotes que tenham menos de 08 semanas de vida e também o transporte de animais em estado de prenhez (gravidez) ou que tenham realizado trabalho de parto nas últimas 48 horas. Animais no cio podem ser transportados, mediante utilização de material absorvente (jornal, serragem etc.) dentro da caixa de transporte.
- O que determina se o animal viajará na cabine, quando permitido, ou no compartimento de carga são as dimensões e o peso da caixa de transporte e o peso do animal. Para viajar dentro da cabine, animal + caixa devem ter ao total no máximo sete quilos e a caixa deve ter medidas apropriadas (exigidas por cada companhia em particular) para caber embaixo do assento. Se seu animal pesar mais de sete quilos, se a caixa não couber abaixo do assento ou se apesar do animal pesar pouco, quando posto na caixa, ultrapassar sete quilos, ele deverá ir no compartimento de carga, onde o peso total não deve exceder 45 Kg em voos de/para América do Norte e América do Sul e 32 Kg em voos de/para Europa. Se este for o caso, os compartimentos de carga são pressurizados, têm temperatura controlada e a iluminação é mantida durante todo o voo, proporcionando relativo conforto ao animal. Ainda assim, algumas companhias aéreas não transportam animais de focinho curto (braquicefálicos), como o pug, por exemplo, porque estas raças correm o risco de agravar os problemas respiratórios que geralmente já têm, devido ao estresse causado pelo voo, onde eles podem sofrer os chamados "ataques de calor".
- A caixa ou malinha de transporte [Imagem 1], também chamada de Kennel, que deve ser comprada por você, tem que cumprir alguns requisitos mínimos para garantir o conforto e a segurança do animal durante a viagem. Primeiro, suas dimensões devem permitir que o animal fique de pé e dê um giro de 360° – volta completa – ao redor de si mesmo. Deve ser de material rígido, suficientemente resistente para proteger o animal de impactos e para impedir a fuga deste. Os fechos devem evitar que o contêiner abra por acidente e as aberturas de ventilação devem garantir a segurança do operador que carregará a caixa, impedindo que o animal o ataque. O material do piso deve absorver ou conter fezes e urina, de modo que não vazem. Deve permitir vários embarques e ter identificação com nome, endereço e telefone do cliente remetente e do destinatário, caso haja. Algumas empresas (geralmente as internacionais) permitem que dois animais viajem numa mesma caixa de transporte, mas a maioria delas não! Por isso, se tiver mais de um pet, talvez seja necessário a compra de duas ou mais caixas, uma para cada animal.
Outra coisa bem chata, é que essas caixas tem que ter uma medida específica, para que possam caber embaixo do assento na cabine do avião. Elas podem ter exatamente essas medidas (que cada companhia em particular estipula) ou menos, mas nem um centímetro a mais.

- Quanto a documentação necessária para o embarque de animais: no caso de viagens nacionais, a Anac exige que seja apresentada carteira de vacinação atualizada, onde estejam comprovadas as vacinas múltipla e antirrábica, além de tratamento com vermífugo. Para viagem internacional, é obrigatório apresentar também o Certificado Zoossanitário Internacional (czi). Para obtê-lo, é necessário agendar uma consulta com médico veterinário do Ministério da Agricultura, que se encontra em aeroportos internacionais. Atenção à validade das vacinas: a antirrábica deve ter sido aplicada há mais de 30 dias e sua validade é de um ano. Caso o animal seja silvestre, é necessária, ainda, autorização emitida pelo Ibama para transportá-lo.
É importante também consultar as exigências do país de destino e providenciar outros documentos, se necessário. Algumas companhias aéreas exigem outros documentos também, como Certificado Sanitário, informando que o animal está em boas condições de saúde e pode viajar. Por ter validade de 72 horas, será necessário solicitar mais um antes da volta. Algumas companhias aéreas pedem que os animais viajem sedados em trechos mais longos; consulte seu veterinário e a companhia aérea a este respeito.
- Quanto a animais de serviço, por tratar-se de caso de necessidade especial, o cão-guia obrigatoriamente deve ser transportado sem custo adicional para o passageiro, com coleira e ao lado do dono, na primeira fileira. Deve estar equipado com correia e dispensa uso de focinheira. Neste caso, ainda é necessário informar a companhia aérea com antecedência e apresentar a documentação necessária para animais, além de atestado médico comprovando a necessidade do passageiro de levar consigo o cão-guia.
- O procedimento para viajar é o mesmo para o passageiro e seu animal: há o check-in, a espera, o embarque e o desembarque. Em seguida ao ckeck-in, o animal é encaminhado para a espera, em um lugar pouco movimentado e abrigado, até poder ser colocado no avião. Durante o embarque, o manuseio das caixas de transporte é realizado com todo o cuidado. Dentro da aeronave, as caixas são alocadas de modo que a ventilação das mesmas não seja prejudicada e possibilitando o fácil acesso aos animais. As caixas de transporte são mantidas presas no chão do compartimento de carga por cordas e cintos. Se o animal estiver viajando com o proprietário na cabine, ele deverá ser colocado abaixo do assento e deve permanecer dentro da caixa durante toda a viagem. No desembarque, caso tenha viajado no compartimento de carga, o animal será retirado do avião e colocado na área de retirada das bagagens; não se preocupe, ele não será colocado na esteira.
Se em alguma destas etapas houver longos atrasos, os funcionários da empresa são orientados a fornecer ao animal água e comida, sempre que necessário.

Na foto acima [Imagem 2], Dori foi retirada da caixinha de transporte e estava dormindo em meu colo, no aeroporto de Guarulhos, enquanto esperávamos nossa conexão.
- Outra coisa que parece boba e que ninguém dá muita atenção é a "bagagem" do animal. Sim, isso mesmo! Seu animal também precisa de utensílios [Imagem 3] para viver e eles têm que ser levados nas viagens. Por isso, faça uma "malinha" para ele. Não precisa comprar uma bolsa se não quiser, mas leve as coisas que ele precisa com você, na sua mala. Itens como por exemplo: o comedorouro, o bebedouro, os remédios (caso ele tome), os itens para dar banho nele, a ração, um ou dois brinquedos favoritos, a toalha, fraldas, a caminha (ou pelo menos um cobertor) etc.

Dicas para o embarque:
Alguns cuidados são importantes antes e no momento do embarque. Previamente à viagem, dê banho e apare as unhas do seu cão; no caso de gatos, dispense o banho, apenas aparando suas unhas caso estejam realmente grandes. Ofereça alimentos leves ao animal no dia da viagem. A última refeição deve ocorrer até 2 horas antes do embarque. Água pode ser oferecida à vontade até o momento do embarque. Passeie com seu cão e o incentive a urinar/defecar, para gatos, incentive a urinar/defecar, porém não force. Brinque e ofereça carinho ao animal. Evite embarcar com muita antecipação, a menos que o animal não se mostre tranquilo no ambiente do aeroporto. Tenha toda a documentação dele organizada, pronta e a mão na hora do check-in, para agilizar o processo. Não coloque roupinhas apertadas, coleiras, pingentes ou qualquer outro adereço nele, pois isto pode prejudicar o conforto do pet e acidentes graves podem acontecer. Você pode forrar um tapete higiênico no piso da caixa de transporte ou colocar fraldinha no seu cachorro/gato para que ele não urine ou defeque dentro da caixa. Você pode ainda, forrar uma mantinha no chão da caixinha, para manter seu pet aquecido durante todo o voo.

Na foto acima [Imagem 4], vê-se a Dori usando fralda e calçinha, pronta para viajar.
Dicas para o desembarque:
No desembarque e no dia após a viagem, alguns cuidados são importantes. Ofereça alimentos leves ao animal e oferte água à vontade. Passeie com seu cão ao sair do desembarque, estimulando-o a urinar/defecar. Prefira ir direto para o local de destino, sem paradas. Observe o comportamento do pet após a viagem, é possível que, mesmo em casa, este se mostre agitado ou apático. Caso não retorne a seu estado normal, procure um médico veterinário.
Bom gente, espero que tenham gostado do post. Tentei deixá-lo o mais completo que pude, unindo informações de pesquisas que fiz e minha própria experiência, já que em todas as férias (ou qualquer outra viagem) a Dori viaja conosco.
A foto abaixo [Imagem 5], foi tirada na orla da praia de Aracajú, em Sergipe, onde passamos a virada do ano de 2014, e claro, Dori estava conosco viajando de férias.

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Até mais e boa viagem!
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